Objetivos do Desenvolvimento Sustentável – 2030 Cidades e Comunidades Sustentáveis
“Sem dúvida, construir uma rede em toda cidade é um grande desembolso de capital, mas as cidades que participam de projetos de Cidades Inteligentes estão encontrando maneiras de dividir os gastos de capital com provedores de serviços e provedores de aplicações. Ao iniciar o processo de educação agora e pensar na infraestrutura de comunicação adequada para apoiar novos projetos, as cidades podem dar o primeiro passo para conectar suas cidades para o futuro”.
Morne Erasmus, diretor de CCS Business Development da CommScope.
DESAFIOS PÓS 2015
Os ODM estão fazendo uma diferença real na vida das pessoas, e a agenda pós-2015 vai refletir novos desafios de desenvolvimento, e os esforços voltados para alcançar um mundo de prosperidade, igualdade, liberdade, dignidade e paz vão continuar de forma incessante. Nesse sentido, durante a Rio+20, Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, realizada em junho de 2012 no Rio de Janeiro, quando todos os governos concordaram pelo estabelecimento de metas favoráveis ao desenvolvimento sustentável, em substituição aos ODM (Objetivos do Milênio) da ONU a partir de 2015, surgiram os ODS (Objetivos de Desenvolvimento Sustentável) se referem a um conjunto de metas para redução da pobreza, promoção social e proteção ao meio ambiente a serem alcançadas até 2030, e deverão orientar os países na obtenção de resultados específicos, como, por exemplo, no acesso universal a energia sustentável e água limpa para todos.
O ano de 2015 apresentou uma oportunidade histórica e sem precedentes para reunir os países e a população global e decidir sobre novos caminhos, melhorando a vida das pessoas em todos os lugares.
Essas decisões determinarão o curso global de ação para acabar com a pobreza, promover a prosperidade e o bem-estar para todos, proteger o meio ambiente e enfrentar as mudanças climáticas.
Em 2015, os países tiveram a oportunidade de adotar a nova agenda de desenvolvimento sustentável e chegar a um acordo global sobre a mudança climática.
As ações tomadas em 2015 resultaram nos novos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), que se baseiam nos oito Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODM).
As Nações Unidas trabalharam junto aos governos, sociedade civil e outros parceiros para aproveitar o impulso gerado pelos ODM e levar à frente uma agenda de desenvolvimento pós-2015 ambiciosa.
RUMO À AGENDA DE DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL
Garantir uma vida com dignidade – 2015 foi o ano no qual os países se adaptaram e adotaram uma nova agenda de desenvolvimento que se baseou nos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODM).
Os ODM foram estabelecidos no ano 2000 e incluem oito objetivos de combate à pobreza a ser alcançados até o final de 2015. Desde então, progressos significativos foram realizados:
⦁ A pobreza global continua diminuindo;
⦁ Mais crianças do que nunca estão frequentando a escola primária;
⦁ Mortes infantis caíram drasticamente;
⦁ O acesso a água potável expandiu significativamente;
⦁ As metas de investimento para combater a malária, a aids e a tuberculose salvaram milhões de pessoas.
Os ODM fizeram uma verdadeira diferença na vida das pessoas, e esse progresso pode ser expandindo na maioria dos países com forte liderança e responsabilidade. Saiba mais sobre os progressos em cada área.
O que vem agora?
Os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio mostram que metas funcionam. Eles ajudaram a acabar com a pobreza, mas não completamente.
As Nações Unidas definiram os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) como parte de uma nova agenda de desenvolvimento sustentável que deve finalizar o trabalho dos ODM e não deixar ninguém para trás.
Essa agenda, lançada em setembro de 2015 durante a Cúpula de Desenvolvimento Sustentável, foi discutida na Assembleia Geral da ONU, onde os Estados-membros e a sociedade civil negociaram suas contribuições.
O processo rumo à agenda de desenvolvimento pós-2015 foi liderado pelos Estados-membros com a participação dos principais grupos e partes interessadas da sociedade civil. A agenda reflete os novos desafios de desenvolvimento e está ligada ao resultado da Rio+20 – a Conferência da ONU sobre Desenvolvimento Sustentável – que foi realizada em junho de 2012 no Rio de Janeiro, Brasil.
Houve inúmeras contribuições para a agenda – em especial os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável –, propostas por um grupo de trabalho da Assembleia Geral, através de um relatório do comitê intergovernamental de especialistas em financiamento para o desenvolvimento sustentável, de diálogos da Assembleia Geral sobre facilitação tecnológica e muitos outros.
Em dezembro de 2014, o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, lançou seu Relatório de Síntese, onde resume essas contribuições e apresenta sua visão para a agenda de desenvolvimento sustentável pós-2015.
Baseado na experiência de duas décadas de prática de desenvolvimento e a partir de contribuições obtidas através de um processo aberto e inclusivo, o relatório “O Caminho para a Dignidade em 2030” apresentou um mapa com o objetivo de alcançar a dignidade nos próximos 15 anos. Ban apresentou formalmente seu relatório em janeiro de 2015 para os Estados-membros da ONU.
Em uma entrevista realizada em 2015, a então assessora especial do secretário-geral sobre o Plano de Desenvolvimento Pós-2015, Amina J. Mohammed, disse que um dos principais pontos do relatório é “a esperança e a oportunidade que temos diante de nós (…). Essa é a geração que pode fazer o que precisa fazer para vencer muitos dos atuais desafios. Então, se há alguma coisa que nós podemos tirar desse relatório, é que até 2030 podemos acabar com a pobreza, podemos transformar vidas e podemos encontrar formas de proteger o planeta enquanto fazemos isso”.
A ONU também facilitou a conversa global sobre a agenda de desenvolvimento pós-2015 e apoiou amplas consultas, tais como a pesquisa “Meu Mundo”. Também teve a responsabilidade de apoiar os Estados-membros, fornecendo ajuda baseada em evidências, análises contextuais e experiência de campo.
OBJETIVO 11. TORNAR AS CIDADES E OS ASSENTAMENTOS HUMANOS INCLUSIVOS, SEGUROS, RESILIENTES E SUSTENTÁVEIS
A discussão girará em torno de alguns postos-chaves que fará parte da apresentação e conscientização do público.
Mais porquê resolvemos escolher essa temática? O motivo é muito simples. Não é possível construir uma sociedade melhor se antes não repensamos a maneira como convivemos em sociedade, ou melhor ainda, como podemos repensar e remodelar o nosso estilo de vida? O que são as ODS?
Os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) são uma agenda mundial adotada durante a Cúpula das Nações Unidas sobre o Desenvolvimento Sustentável em setembro de 2015 composta por 17 objetivos e 169 metas a serem atingidos até 2030. São uma chamada universal para acabar com a pobreza, proteger o planeta e garantir que todas as pessoas desfrutem de paz e prosperidade.
Os 17 objetivos baseiam-se nos sucessos dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio e incluem novas áreas como mudanças climáticas, desigualdade econômica, inovação, consumo sustentável, paz e justiça, entre outras prioridades. São interconectados, ou seja, a chave para o sucesso de um objetivo envolve abordar questões associadas a outros.
Os ODS trabalham com o espírito de parceria e pragmatismo para fazer hoje as escolhas corretas para melhorar a vida, de forma sustentável, das gerações futuras. Eles fornecem diretrizes e metas claras para que todos os países as adotem de acordo com suas próprias prioridades e com os desafios ambientais mundiais.
O QUE É A ODS 17?
Mais de metade da população mundial agora vive em áreas urbanas. Em 2050, esse número aumentará para 6,5 bilhões de pessoas (dois terços de toda a humanidade). O rápido crescimento das cidades junto com o aumento da migração rural para a urbana levou a um boom nas megacidades. Em 1990, havia dez megacidades com 10 milhões de habitantes ou mais. Em 2014, existem 28 megacidades, lar de um total de 453 milhões de pessoas.
A pobreza extrema é muitas vezes concentrada em espaços urbanos e os governos nacionais e municipais lutam para acomodar o aumento da população nessas áreas. O desenvolvimento sustentável não pode ser alcançado sem transformar significativamente a forma como construímos e gerenciamos nossos espaços urbanos. Tornar as cidades seguras e sustentáveis significa assegurar o acesso a habitações seguras e a custo razoável e melhorar os assentamentos de favelas. Também envolve investimentos em transportes públicos, criação de espaços públicos verdes e melhoria do planejamento e gestão urbana de forma participativa e inclusiva.
E ONDE ENTRA O PAPEL DAS CIDADES INTELIGENTES E COMUNIDADES SUSTENTÁVEIS?
Quando pensamos em cidades sustentáveis/comunidades a primeira ideia que surge em nossas mentes é a de pessoas morando no campo de maneira muito simples, como nossos antepassados antes de migrarem para os grandes centros urbanos.
Só que o conceito é muito mais amplo. As cidades sustentáveis são aquelas que adotam uma série de práticas eficientes voltadas para a melhoria da qualidade de vida da população, desenvolvimento econômico e preservação do meio ambiente. Geralmente são cidades muito bem planejadas e administradas. Atualmente existem várias cidades no Brasil (localizadas nas capitais das cidades de São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília, Minas Gerais e Paraná) e no mundo (Alemanha, Bélgica, Noruega, Finlândia, China, Coreia do Sul, Japão etc.) que já adotam práticas sustentáveis. Embora ainda não podemos encontra uma cidade que seja 100% sustentáveis, várias delas já adotam uma série de ações sustentáveis em diversas áreas.
As Smart City (ou cidades inteligentes), são locais nos quais um determinado espaço urbano é palco de experiências de uso intensivo de tecnologias de comunicação e informação ao contexto (IoT), de gestão urbana e ação social dirigidos por dados (Data-Driven Urbanism). Esses projetos agregam portanto, três áreas principais: internet das coisas (objetos com capacidades infocomunicacionais avançadas), Big Data (processamento e analise de grandes quantidades de informações) e Governança Algorítmica (gestão e planejamento com base em ações construídas por algoritmos aplicados à vida urbana). O objetivo maior visa criar condições de sustentabilidade, melhoria das condições de existência das populações e fomentar a criação de uma economia criativa pela gestão baseada em análise de dados.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
O tema do desenvolvimento sustentável foi gradativamente incluído na agenda internacional a partir dos anos 70, com a Conferência de Estocolmo. Tinha-se em mente a reformulação da concepção de desenvolvimento, que passou a incluir o uso adequado e eficiente de recursos naturais, visando à preservação dos mesmos para as gerações futuras. A melhor forma de lidar com a questão da poluição, da falta de infraestrutura adequada, do uso ineficiente de recursos se dará a partir do investimento em políticas sustentáveis. Estas incluem o incentivo a inovação, a densidades mais altas, a meios alternativos de transporte e de matrizes energéticas. Deve haver planejamento a partir de uma lógica que pense na preservação dos recursos disponíveis e leve em consideração as futuras gerações.
Além disso, as cidades sustentáveis trarão benefícios de ordem econômica, social e ambiental para suas populações, tais como: aumento da qualidade de vida e da prosperidade econômica, além do alívio da questão do aquecimento global, como já argumentado. No entanto, os desafios que as cidades enfrentam ao lidar com o crescimento e ao implementar o desenvolvimento urbano sustentável também devem ser debatidos. Muitas vezes, a escassez de recursos financeiros e a falta de planejamento governamental e de vontade política, assim como a ausência de capacidades adequadas nas áreas administrativa e técnica barram os investimentos e a implementação de políticas públicas. É nesse ponto que a reforma da governança urbana se torna relevante. A governança, da local a internacional, é um instrumento viabilizador de políticas sustentáveis. As Cidades Inteligentes são inevitáveis à medida que a tecnologia de IoT avança; em breve veremos projetos mais inovadores para automatizar todo tipo de atividades cívicas.
Bibliografia:
Plataforma: Agenda 2030 Disponível em: < http://www.agenda2030.com.br/ > Acesso em: Maio, 2018.
Politica Externa: Desenvolvimento Sustentável, disponível em: < http://www.itamaraty.gov.br/pt-BR/politica-externa/desenvolvimento-sustentavel-e-meio-ambiente/134-objetivos-de-desenvolvimento-sustentavel-ods > Acesso em: Maio, 2018.
Naçoes Unidas, Disponível em: < https://nacoesunidas.org/pos2015/agenda2030/ > Acesso em: Maio, 2018.
Comentários
Postar um comentário